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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ilha do Medo

Um aspecto que me chamou a atenção é que esse é um dos poucos filmes de Scorsese com uma idéia política ou aproximação de um universo mais mundial e menos restrito a um bairro, um gueto, uma cidade. O assustador diálogo de Di Caprio com o oficial no jipe (Ted Levine, o serial killer de "Silêncio dos Inocentes") evidencia a idéia do trauma da história para os americanos que, primeiro, demoraram a admitir e a tomar uma atitude em relação ao holocausto da II Guerra (a menininha pergunta porque ele chegou tarde) e, agora, mantém sua Shutter Island em Abu Ghraib onde realiza seus "Mind Games". E, fundamentalmente, a recusa em admitir o caráter violento de sua sociedade e trajetória histórica. Isso (a mensagem política diluída na história do filme) encaixa tão bem com as citações ao universo de Samuel Fuller (a entrada em Dachau, Guerra Fria, "Shock Corridor") que deve ter sido proposital, não?

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